Durante muito tempo, falar de sexo era visto como algo “menor” dentro da medicina e da ciência. Mas uma onda de pesquisas recentes mostra que a saúde sexual ganhou espaço. Revisões bibliométricas (análises de milhares de artigos publicados em todo o mundo) revelam que nunca se falou tanto sobre prazer, corpo e intimidade.
E não é só sobre doenças sexualmente transmissíveis. A ciência começa a tratar o sexo como parte integral da saúde física, mental e social, algo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) já havia apontado há décadas, mas que só agora ganha força em números.

O que os estudos mostram
De acordo com levantamentos recentes, três áreas concentram a maior parte das publicações científicas em saúde sexual:
1. Saúde sexual feminina
Pesquisas sobre orgasmo, lubrificação, dor na relação (dispareunia), vaginismo, menopausa e impacto dos hormônios. Esse boom reflete uma mudança de paradigma: mulheres querem (e precisam) falar de prazer, não só de reprodução.
2. Saúde sexual LGBTQIA+
Temas como prevenção de ISTs, saúde reprodutiva de pessoas trans e travestis, impacto do estigma e acesso a serviços inclusivos. A ciência começa a corrigir lacunas históricas de invisibilidade.
3. Serviços de saúde sexual no mundo
Como diferentes países estruturam acesso a consultas, exames, métodos contraceptivos e educação sexual. Aqui entra o debate sobre desigualdades: enquanto algumas regiões oferecem atendimento integral, outras ainda lidam com forte censura e falta de recursos.
Por que isso importa para você
Entender o que a ciência pesquisa ajuda a perceber tendências que podem transformar vidas:
- Mais respaldo para falar de prazer: não é frescura, é saúde.
- Inclusão: reconhecer corpos e identidades diversas é salvar vidas.
- Cobrança social: quando sabemos que o mundo está discutindo isso, fica mais fácil exigir políticas públicas no Brasil.
Afinal, se a ciência reconhece o sexo como saúde, por que você ainda deveria sentir culpa ao buscar prazer?