Quando aparece aquela secreção na calcinha, muitas mulheres logo pensam em sujeira, descuido ou problema de saúde. Mas a verdade é que esse muitas vezes esse muco é uma resposta natural do corpo, e pode ser tanto um sinal de equilíbrio quanto um alerta de que algo não vai bem.
Entender os tipos de secreção é fundamental para cuidar da saúde íntima sem neura nem descuido.
Secreção fisiológica: o normal do corpo
A vagina é um órgão autolimpante. Isso significa que ela produz secreções para manter o pH ácido, proteger contra micro-organismos e eliminar células mortas. Esse corrimento, chamado de fisiológico, geralmente tem características bem específicas:
- Cor: transparente ou esbranquiçado.
- Cheiro: praticamente inexistente.
- Consistência: pode variar ao longo do ciclo, ficando mais elástico e abundante no período fértil.
- Sintomas associados: nenhum.
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Essas secreções são sinal de que sua vagina está saudável e funcionando normalmente.
Quando é hora de ligar o alerta:
O corrimento deixa de ser fisiológico e passa a ser um sinal de alerta quando apresenta algumas alterações:
- Cor amarelada ou esverdeada
- Mau cheiro forte (muitas vezes descrito como “peixe”)
- Presença de coceira, ardência ou dor ao urinar
- Aspecto grumoso, parecido com leite coalhado ou com bolhas
Esses sinais podem indicar infecções vaginais, como candidíase, vaginose bacteriana ou tricomoníase. Nesses casos, não adianta usar sabonetes íntimos ou receitas caseiras: é fundamental procurar uma ginecologista para identificar a causa e indicar o tratamento adequado.
O papel do ciclo menstrual
O corrimento natural também muda conforme as fases do ciclo:
- Período fértil: mais abundante, transparente e aquoso ou elástico (parecido com clara de ovo).
- Pós-menstruação: parece uma loção esbranquiçada
- Fase pré-menstrual: secreção branca, parecendo uma pomada.
Saber reconhecer essas variações evita confundir o normal com o patológico.
Cuidados que fazem diferença
Alguns hábitos simples ajudam a manter a saúde vaginal em equilíbrio e a prevenir infecções que alteram o corrimento:
- Prefira calcinhas de algodão e evite tecidos sintéticos por longos períodos.
- Não fique muito tempo com biquíni molhado.
- Use sabonetes íntimos suaves, com pH ácido e, de preferência, sem fragrância. https://www.vagishop.com.br/saude-intima/sabonete-intimo
- Banho de assento, perfeito para candidíase. https://www.vagishop.com.br/v-care-banho-de-assento-candidiase
- Hidratação quando está muito sensível. https://www.vagishop.com.br/higiene-intima/ppk-care/oleo-de-avocado-ozonizado
- Tenha uma alimentação equilibrada, rica em probióticos – leia mais aqui.
- Beba bastante água para manter o corpo hidratado.
E o mais importante: evite remédios para corrimento sem recomendação médica. Eles podem desequilibrar a flora vaginal e piorar o problema.
Respeite os sinais do corpo
A secreção é, acima de tudo, uma forma de comunicação do corpo. Ela mostra quando tudo está bem e também quando é hora de procurar ajuda. O segredo está em aprender a observar, sem vergonha e sem tabu.
Se notar alterações na cor, cheiro ou se vier acompanhado de sintomas desconfortáveis, não adie: marque uma consulta. Só a ginecologista pode identificar a causa com precisão e indicar o melhor tratamento.
Cuidar da saúde íntima é um gesto de autocuidado e amor-próprio. O corrimento não é inimigo, ele é uma linguagem do corpo que merece ser ouvida.