Verruguinhas íntimas! Já apareceu aí?

O HPV é um dos vírus sexualmente transmissíveis mais comuns do mundo. Muitas mulheres têm contato com ele em algum momento da vida, e, na maioria dos casos, o corpo consegue eliminar sozinho em até 2 anos da transmissão.
Mas quando a infecção persiste, pode causar verrugas genitais e até evoluir para lesões precursoras de câncer de colo do útero.

Quais são os sinais do HPV?

O HPV pode ser silencioso, sem causar nenhum sintoma, ou se manifestar de algumas formas:

  • Verrugas genitais: pequenas lesões na vulva, vagina, boca, colo do útero ou ânus.
  • Alterações nas células do colo do útero: identificadas no exame de Papanicolau.
  • Coceira, ardência ou desconforto em alguns casos onde já está mais evoluído.

👉 Muitas vezes, só é descoberto em exames de rotina, por isso o acompanhamento ginecológico é fundamental.

Como acontece a transmissão?

  • Principalmente pelo contato sexual (vaginal, anal ou oral).
  • Mas também pode ser transmitido por contato pele a pele nas regiões íntimas, mesmo sem penetração.
  • O uso do preservativo ajuda a reduzir o risco, mas não protege 100%, já que o vírus pode estar em áreas não cobertas pela camisinha como virilha.

Olha só… pode aparecer até embaixo da unha:

E na boca:

HPV em crianças: por que falar sobre isso?

A principal forma de prevenção é a vacina contra o HPV, que faz parte do calendário do SUS.

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos devem tomar duas doses.
  • Pessoas de até 26 anos que vivem com HIV, transplantados ou em tratamento oncológico também têm direito.
HPV e Câncer de cavidade oral - Clinonco

Vacinar as crianças antes do início da vida sexual garante que o corpo crie anticorpos contra o vírus, protegendo contra os tipos de HPV que mais causam câncer de colo do útero, ânus, pênis e garganta.

Cuidados para prevenção no dia a dia

  • Realizar o Papanicolau regularmente a partir da indicação médica.
  • Usar camisinha em todas as relações.
  • Manter a vacinação em dia.
  • Evitar múltiplos parceiros sexuais sem proteção.
  • Cuidar da imunidade: boa alimentação, sono e menos estresse ajudam o corpo a se proteger.

Hoje em dia temos um exame chamado “captura híbrida” que detecta o vírus ANTES de aparecer a lesão! Com isso você acompanha a evolução antes de causar lesão no colo e evoluir para um câncer por exemplo!

Produtos que ajudam na proteção íntima

Embora não previnam o HPV em si, alguns aliados ajudam a manter a saúde íntima equilibrada, reforçando a imunidade local:

  • Sabonetes íntimos suaves: respeitam o pH e protegem a flora vaginal.
  • Probióticos vaginais: fortalecem a microbiota íntima.
  • Lubrificantes à base de água: evitam microfissuras durante a relação.

Conclusão
O HPV é muito mais comum do que se imagina, mas pode ser controlado e prevenido com informação e cuidado. A vacina é a maior aliada para proteger crianças e adolescentes, e o acompanhamento ginecológico regular é essencial para mulheres.
Cuidar da saúde íntima não é só sobre prazer, mas também sobre prevenção e autocuidado.

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